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DRA. SOFIA REBELO VIZINHO | PSICÓLOGA CLÍNICA E DA SAÚDE

Comparações e a Autoestima

  • psicologiasdasofia
  • 15 de dez. de 2020
  • 2 min de leitura

Atualizado: 25 de jan. de 2021



É ótimo ter pessoas em quem se pode inspirar, mas é preciso ter cuidado para que isso não se torne um meio de comparação.


De acordo com a teoria da comparação social, as comparações que fazemos são uma tentativa de fazer avaliações sobre nós mesmos.


Mas a que custo?


É verdade que a comparação pode ser uma fonte de motivação e crescimento. Por exemplo, encontrar alguém inspirador é uma ótima forma de se automotivar para ter, fazer ou ser melhor em algo.


Porém, também pode levar a insegurança e baixa autoestima. Comparar-se a outras pessoas contribui para a autodepreciação e é um dos principais gatilhos para a baixa autoestima.


Tendencialmente, compramo-nos com amigos, familiares, conhecidos e até desconhecidos. Ao comprar-se a outras pessoas, a sua visão tende a ser distorcida, pois deixa de ver o seu valor próprio e os seus aspetos mais positivos. Quando perceciona uma lacuna entre aquilo que gostaria de ser, fazer ou ter, pode surgir um sentimento de vergonha ou culpa.


Encontrar essa lacuna causa dor. Sim, dor emocional. Quando entra no ciclo de comparações e acredita que deveria ser igual à pessoa comparada, estimula um sentimento de inferioridade, de ser menos. A verdade é que, o que as outras pessoas são e as conquistas delas não estão no seu controlo, mas pelo bem da sua autoestima pode aprender a parar de se comparar!


Se nos compararmos e concluirmos que somos menos, nos sentimos inferiores e inseguros e então queremos nos esconder, nos afastar dos outros para que eles não nos vejam como não amáveis ​​ou incapazes como nos vemos. A conexão humana parece cortada.


Se nos compararmos e concluirmos que somos melhores, podemos nos sentir superiores. Podemos não colocar em uma posição de não querer conexão com aqueles que julgamos “abaixo”, o que mais uma vez enfraquece o elo das conexões humanas. Além de afetar a Autoestima, a comparação incentiva a competitividade e o individualismo, e novamente nossas ligações humanas saem afetadas.


A única pessoa com quem é justo e honesto nos compararmos é connosco mesmo, com o nosso próprio progresso e desenvolvimento, pois definir seu valor baseado no valor do outro é como dirigir na estrada prestando atenção à pista ao lado. Não faz sentido e é perigoso. Quando estamos comprometidos com nosso próprio bem estar e reconhecemos o mal que fazemos a nós mesmos por meio de comparações, podemos decidir parar. Podemos escolher nos tratar com mais respeito e carinho, como fazem as pessoas que tem uma Autoestima positiva.

 

Dr.ª Sofia Vizinho

Psicóloga Clínica e da Saúde

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